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Presos iniciam motim e ameaçam com mortes em presídio em Minas Presos iniciam motim e ameaçam com mortes em presídio em Minas
Pouco mais de mil presos se rebelaram em três pavilhões e até atearam fogo em colchões
Por Redação | 17/01/2017 - 09h29
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BRASÍLIA - Vídeos com depoimentos de ameaças de um motim feitas por detentos do presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (MG), que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, circulam nas redes sociais na capital mineira. Com os rostos escondidos por roupas e panos vermelhos, eles ameaçam promover mortes se não tiverem seus pedidos atendidos. A imprensa mineira registra que pouco mais de mil presos se rebelaram em alguns pavilhões e até atearam fogo em colchões.

Num dos vídeos, um dos presos aparece citando o nome de uma pessoa, que seria o diretor do presídio e diz que vai "morrer gente".

— Vocês arranjaram um problema. Toda sociedade ligada. O 'baguio' vai ficar doido. Estamos sujeitos a tudo. A morrer e a matar. Se não tiver resposta da nossa reivindicação vai pegar fogo. Vai virar inferno. Vai morrer gente. É abuso de poder. Nóis é o lixo da sociedade — diz o depoimento de um dos detentos.

Os detentos citam o nome do diretor do presídio, Rodrigo Machado.

— A culpa é do seu Rodrigo Pachado. Vai ter que cair.

Segundo informações da Polícia Militar, apesar da confusão ninguém conseguiu fugir e nem há registro de feridos. Familiares dos presos fizeram várias manifestações nas áreas próximas à cadeia. Uma mullher, parente de um detento, chegou a agredir a repórter da Globonews Larissa Carvalho, que fazia uma entrada ao vivo para o telejornal da meia-noite da emissora.

Após ser socorrida por policiais, a repórter disse que os manifestantes, mulheres em sua grande maioria, não acreditavam nas informações dos PMs, e chamavam a atenção para a presença de ambulâncias do SAMU no local. De acordo com os policiais, ambulâncias e carros de bombeiros foram chamados devido à grande quantidade de fumaça, pois havia temores de que funcionários e presos poderiam se intoxicar.

Como em quase todo o sistema penitenciário do país, a maioria das cadeias de Minas Gerais também sofre de superpopulação e está, na média, com o dobro de sua capacidade carcerária. A segurança foi reforçada na região.

 

- O globo

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