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PM acusado de matar a ex-companheira é condenado a mais de 27 anos de prisão no Maranhão PM acusado de matar a ex-companheira é condenado a mais de 27 anos de prisão no Maranhão
Soldado da Polícia Militar, Carlos Eduardo Nunes Pereira, foi condenado por homicídio qualificado pelo assassinato de Bruna Lícia Fonseca e José William dos Santos. Crime aconteceu em 2020, em São Luís.
Por Werbete | 29/04/2023 - 17h09
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A Justiça do Maranhão condenou a 27 anos e 6 meses de prisão o soldado da Polícia Militar, Carlos Eduardo Nunes Pereira, de 34 anos, acusado de matar a ex-companheira, Bruna Lícia Fonseca, de 23 anos e, José William dos Santos, de 24 anos. O crime aconteceu em 2020. O julgamento foi realizado nessa sexta-feira (28), no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís.

A sentença foi proferida pelo juiz titular da 3ª Vara do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior. A Justiça negou a ele o benefício de recorrer em liberdade e ele foi levado de voltada para o presídio do Comando Geral da Polícia Militar, em São Luís, onde estava preso desde a época do crime.

 

Com a decisão, Carlos Eduardo perdeu a função pública e foi expulso dos quadros da Polícia Militar do Maranhão. O réu foi denunciado pelos crimes de duplo homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa das duas vítimas.

 

Jugalmento

 

A sessão de julgamento do caso começou por volta das 9h30 de sexta-feira e a sentença foi proferida por volta das 22h20. Carlos Eduardo foi levado à júri popular.

 

Foram ouvidas sete testemunhas, sendo quatro de defesa e três de acusação. Durante o interrogatório, Carlos Eduardo confessou o crime, respondeu as perguntas da defesa mas se manteve em silêncio durante os questionamentos do promotor do Ministério Público, Samaroni Maia.

 

Familiares das vítimas e do réu acompanharam o julgamento.

Denúncia do MP

De acordo com o Ministério Público, as duas vítimas trabalhavam na mesma empresa e um colega de trabalho, havia decidido almoçar juntos enquanto aguardavam o almoço pedido por um aplicativo de celular.

 

Carlos Eduardo teria entrado no apartamento, usando uma farda da PM e com uma arma de fogo em mãos. Ele foi em direção ao quarto onde ambos estavam e atirou contra eles.

 

Ele permaneceu no local até a chegada da polícia, onde entregou a arma e foi preso em flagrante. Bruna Lícia e José William morreram no local.

Bruna Lícia e Carlos Eduardo tinham um relacionamento, mas haviam rompido recentemente e o PM, não aceitava o término. O Ministério Público afirma que, no dia anterior do crime, o réu chegou a ir ao apartamento para retirar seus pertences.